Qualquer cidadão atento reconhece a estratégia de encenação pública em torno deste caso, orquestrada pelo Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, com o claro propósito de transformar um ato legal rotineiro numa campanha de vitimização e de descredibilização das instituições do Estado.
O sistema judicial da Guiné-Bissau não pode ser instrumentalizado para servir agendas político-mediáticas, nem deve tolerar atitudes que atentem contra a sua autoridade ou comprometam a confiança dos cidadãos na justiça.
A justiça não se molda à conveniência individual, nem deve ser palco de dramatizações públicas. A República da Guiné-Bissau é, e deve continuar a ser, um Estado de Direito.
Compete ao Ministério Público exercer as suas funções com independência, imparcialidade e determinação, zelando pela legalidade democrática e pelo interesse público.
A eventual recusa em cooperar com a justiça deve acarretar as consequências legais previstas, incluindo, se necessário, o recurso à condução coerciva, nos termos estabelecidos pela lei.
Saudamos, por isso, o Senhor Procurador-Geral da República pelo seu papel firme e decisivo na afirmação da autoridade do Estado.
Fonte: Gaio Martins Batista Gomes